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Jayme Cortez o artista que se tornou uma lenda dos quadrinhos brasileiros

marcelo alves • out. 14, 2021

Jayme Cortez é um dos grandes personagens da nossa produção de história em quadrinhos no Brasil. 


Nascido em Lisboa, em 1926, viajou para o Brasil, indo morar em Santos em 1947. Lá casou e teve um início bastante difícil, não deixando as oportunidades passarem. 


Autodidata, trouxe de Portugal sua experiência com ilustração (trabalhou no semanário O Mosquito, onde publicou em tiras a sua primeira produção em quadrinhos). 


Teve uma rápida passagem pelo jornal O Dia como chargista e logo depois foi trabalhar em um importante jornal da época, o Diário da noite, produzindo tiras em quadrinhos. 


A partir dessa experiência, foi trabalhar no jornal A Gazeta , atuando no suplemento infantil Gazeta Juvenil. Ali foi a sua escola. 


Nesse período, aprimorou sua arte estudando novas técnicas o que lhe permitiu, a partir de um convite de Alvaro de Moya, realizar trabalhos para a Editora La Selva como capista e diretor de arte


O grande momento 


O ponto de virada em sua carreira começa aqui: os anos de 1950 iniciam com uma crise na produção dos quadrinhos nos EUA, restringindo a veiculação desse material aqui no Brasil. 


Isso abre um precedente para a publicação de material brasileiro pela Editora La Selva com a coordenação de Jayme Cortez. É o momento em que ele continua aprimorando sua arte e contribuindo com a produção nacional de quadrinhos. 


Ao sair da Editora La Selva, tornou-se um dos fundadores da editora Continental, que mais tarde mudou o nome para Editora Outubro, publicando somente material brasileiro. 


Neste momento, seu nome já estava consolidado na produção de quadrinhos e no mercado editorial. Foi um dos autores que propuseram um projeto de lei para que houvesse uma reserva de mercado capaz para incentivar a produção nacional. 


Mas o projeto, infelizmente, não foi para frente. 


Ele não descansou na busca por incentivos à produção nacional de quadrinhos. Em 1951, junto com Alvaro de Moya, Reinaldo de Oliveira e outros, organizou a primeira exposição internacional de quadrinhos do mundo! 


O Prêmio Angelo Agostini 


Foi em São Paulo, no dia 18 de junho, uma exposição que alçou a história em quadrinho ao status de arte. 


A partir da segunda metade dos Anos 70, trabalhou nas animações do Estúdio de Maurício de Sousa, sendo que antes, atuou no mercado publicitário. 


Jayme Cortez faleceu em 1987 de ataque cardíaco. Em 1986 foi homenageado na Itália pelos seus mais de 50 anos de atividade. 


Escreveu três livros sobre ilustrações que se tornaram clássicos. 


Em 1969, recebeu o prémio Jabuti pelo seu trabalho de arte para a capa do livro “Barro Blanco”. 


Em 1984, recebeu o prêmio Angelo Agostini por sua obra. No ano de sua morte, os organizadores criaram o troféu Jayme Cortez, concedido, a cada ano, para pessoas ou instituições que contribuíram para a produção nacional de história em quadrinhos no Brasil. 


Curiosidades 


No final dos anos 70, Jayme Cortez atuou como ator em três filmes do diretor José Mojica Marins, o Zé do Caixão; 


Pouco antes de morrer, estava organizando o álbum Histórias de Terror, uma seleção de suas histórias que foi publicada posteriormente pela Martins Fontes; 


Seu documento de cidadania brasileira foi assinado pelo presidente Juscelino Kubitschek. 


O legado de Jayme Cortez 


Seu trabalho foi importante por que ele procurou sempre incentivar a produção nacional de quadrinhos no Brasil. O seu legado está em suas obras e contribuições, servindo de inspiração para muitos artistas. 


E aqui continuamos com esse trabalho, produzindo histórias em quadrinhos Br que tenham a marca da nossa cultura. 


Você conhece a obra de Jayme Cortez? Comente aqui. 

Tela de cinema em destaque em uma sala de cinema vazia
16 jul., 2023
Os quadrinhos e o cinema têm uma relação estreita desde os primórdios do cinema. Os primeiros filmes de animação, como Gertie, the Dinosaur (1914) de Winsor McCay, foram baseados em personagens de quadrinhos. No Brasil, essa relação também é forte, e a adaptação de quadrinhos para o cinema é uma prática comum há décadas. As primeiras adaptações de quadrinhos para o cinema no Brasil Uma das primeiras adaptações de quadrinhos para o cinema no Brasil aconteceu foi a produção de O Judoka, baseado no personagem criado pela dupla Pedro Anísio e Eduardo Baron. Nos anos 70 e 80, as adaptações de quadrinhos para o cinema foram marcadas pela presença de personagens clássicos, como Turma da Mônica, Menino Maluquinho e Chico Bento. Essas adaptações foram responsáveis por popularizar ainda mais os personagens de quadrinhos no Brasil, tornando-os ícones da cultura popular. A nova era das adaptações de quadrinhos no Brasil Nos últimos anos, as adaptações de quadrinhos para o cinema ganharam um novo fôlego no Brasil. A presença de grandes estúdios e produtores no mercado brasileiro, aliada a um interesse cada vez maior do público por histórias em quadrinhos, tem impulsionado a produção de filmes baseados em personagens dos quadrinhos. Um dos maiores exemplos dessa nova era é a adaptação de Turma da Mônica: Laços, que estreou em 2019 e se tornou um sucesso de crítica e público. O filme, baseado na graphic novel de mesmo nome, foi produzido pela Mauricio de Sousa Produções em parceria com a Paris Filmes e teve direção de Daniel Rezende. Os desafios das adaptações de quadrinhos para o cinema Apesar do sucesso de algumas adaptações, a relação dos quadrinhos com o cinema no Brasil também é marcada por desafios. Um dos principais é a falta de incentivo e investimento por parte do governo e das empresas privadas, o que torna difícil a produção de filmes de grande porte. Além disso, muitas vezes as adaptações de quadrinhos para o cinema são criticadas por não serem fiéis às histórias originais. Os fãs de quadrinhos costumam ser bastante exigentes e esperam que as adaptações sejam o mais fiéis possível às suas expectativas. Isso pode gerar polêmicas e discussões acaloradas entre os fãs, mas também pode ser uma oportunidade para os produtores de cinema repensarem suas estratégias e criarem adaptações mais cuidadosas e respeitosas. Desafios e oportunidades Apesar das oportunidades e dos sucessos já alcançados, as adaptações de quadrinhos para o cinema no Brasil ainda enfrentam alguns desafios. Um deles é a falta de incentivo e investimento por parte dos governos e das empresas do setor. Como mencionado anteriormente, os filmes de quadrinhos têm um grande potencial de bilheteria e de público, mas ainda não recebem o mesmo reconhecimento e apoio que outros gêneros do cinema. Outro desafio é a falta de uma indústria de quadrinhos consolidada no Brasil . Embora existam muitos quadrinistas talentosos e produções de qualidade, o mercado de quadrinhos ainda é bastante segmentado e fragmentado, o que dificulta o desenvolvimento de projetos mais ambiciosos e de maior alcance. No entanto, apesar dos desafios, as adaptações de quadrinhos para o cinema no Brasil também representam uma grande oportunidade de crescimento e desenvolvimento para o setor. Com o aumento da popularidade dos quadrinhos e a expansão do mercado de cinema, é possível que as adaptações de quadrinhos ganhem mais espaço e recebam mais investimento e reconhecimento. Conclusão No mundo todo, a relação entre quadrinhos e cinema é uma história de sucesso e de desafios. Desde os primeiros filmes de super-heróis até as produções mais recentes, as adaptações de quadrinhos para o cinema têm fascinado e conquistado o público em todo o mundo. No Brasil, essa relação também é uma realidade, embora ainda enfrente alguns desafios e limitações. Em resumo, a relação entre quadrinhos e cinema no Brasil é uma via de mão dupla, em que ambos os meios se beneficiam. Enquanto os quadrinhos fornecem um vasto material de adaptação para o cinema, o cinema, por sua vez, oferece uma oportunidade de ampliar o alcance das histórias em quadrinhos e atrair novos públicos. Apesar dos desafios envolvidos na adaptação dos quadrinhos para o cinema, é possível encontrar exemplos bem-sucedidos de filmes baseados em histórias em quadrinhos no Brasil, como "Turma da Mônica: Laços" e "Bingo: O Rei das Manhãs". Além disso, com a crescente popularidade dos quadrinhos no país, é provável que mais adaptações sejam produzidas no futuro. Em última análise, a relação entre quadrinhos e cinema no Brasil é um reflexo da riqueza e da diversidade da cultura popular brasileira, e oferece uma oportunidade para os artistas e criadores brasileiros mostrarem seu talento e sua criatividade para o mundo.
Uma bola de cristal parada no chão
15 jul., 2023
Os mangás são uma forma de arte japonesa que se tornou muito popular em todo o mundo, incluindo o Brasil. E, no país, há uma grande variedade de títulos disponíveis para os fãs desfrutarem. Neste post, vamos apresentar os 7 mangás mais lidos no Brasil, comentando cada um deles e suas respectivas editoras. Naruto Naruto é um dos mangás mais populares e influentes do mundo. A história segue um jovem ninja chamado Naruto Uzumaki em sua jornada para se tornar o Hokage, o líder da sua vila. Escrito e ilustrado por Masashi Kishimoto, a série foi publicada no Brasil pela editora Panini Comics. One Piece One Piece é uma série de aventura e ação escrita e ilustrada por Eiichiro Oda. A história acompanha Monkey D. Luffy e sua tripulação de piratas em busca do tesouro conhecido como "One Piece". A série é publicada no Brasil pela editora Panini Comics. Attack on Titan Attack on Titan é um mangá de ação e horror escrito e ilustrado por Hajime Isayama. A história se passa em um mundo onde a humanidade é ameaçada por seres gigantes conhecidos como Titãs. A série é publicada no Brasil pela editora Panini Comics. Dragon Ball Dragon Ball é um clássico dos mangás de ação e aventura, escrito e ilustrado por Akira Toriyama. A história segue a jornada do guerreiro Son Goku em busca das Esferas do Dragão, que concedem desejos a quem as possuir. A série é publicada no Brasil pela editora Panini Comics. Death Note Death Note é um mangá de suspense e mistério escrito por Tsugumi Ohba e ilustrado por Takeshi Obata. A história segue Light Yagami, um estudante que encontra um caderno capaz de matar pessoas cujos nomes são escritos nele. A série é publicada no Brasil pela editora JBC. Fullmetal Alchemist Fullmetal Alchemist é um mangá de fantasia e aventura escrito e ilustrado por Hiromu Arakawa. A história segue os irmãos Edward e Alphonse Elric em sua busca pela pedra filosofal para restaurar seus corpos, que foram perdidos em uma tentativa de ressuscitar sua mãe. A série é publicada no Brasil pela editora JBC. Tokyo Ghoul Tokyo Ghoul é um mangá de terror e ficção científica escrito e ilustrado por Sui Ishida. A história se passa em um mundo onde criaturas conhecidas como Ghouls se alimentam de seres humanos. O protagonista da história é um jovem chamado Kaneki que se torna meio-Ghoul após ser atacado por um deles. A série é publicada no Brasil pela editora Panini Comics. Você conhecia todos esses mangás? Qual é a sua série favorita de mangá? Comente aqui.
Sala de aula com várias crianças ao redor de uma mesa
14 jul., 2023
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que estabelece as diretrizes pedagógicas para a educação básica no Brasil, desde a educação infantil até o ensino médio. Ele define os conhecimentos, habilidades e competências que os alunos devem desenvolver em cada etapa escolar. Um dos pontos destacados na BNCC é o uso das histórias em quadrinhos em sala de aula, que são uma ferramenta pedagógica valiosa para o ensino de diversas disciplinas, como língua portuguesa, história, geografia, artes e até mesmo ciências. As vantagens do uso de quadrinhos na sala de aula Os quadrinhos apresentam diversas vantagens para o ensino, entre elas a possibilidade de trabalhar com conteúdos complexos de forma lúdica e acessível. As ilustrações ajudam a compreensão do texto, estimulando a imaginação e a criatividade dos alunos. As histórias em quadrinhos também são uma forma de abordar temas relevantes e atuais, como diversidade, inclusão social e meio ambiente, estimulando a reflexão crítica e o pensamento analítico dos alunos. A presença dos quadrinhos na BNCC A BNCC destaca o papel das histórias em quadrinhos no desenvolvimento de habilidades de leitura, escrita e interpretação textual, além de estimular a produção de textos pelos alunos. O documento também destaca a importância dos quadrinhos para a educação patrimonial, ao abordar a história e a cultura brasileira por meio de personagens e narrativas. A BNCC incentiva o uso de quadrinhos para trabalhar a interdisciplinaridade, estimulando a integração entre diferentes áreas do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades transversais, como a colaboração e a criatividade. Como utilizar quadrinhos em sala de aula Para utilizar as histórias em quadrinhos em sala de aula, é importante selecionar obras adequadas à faixa etária dos alunos e que sejam relevantes para o conteúdo que se pretende ensinar. É possível trabalhar com obras clássicas, como as aventuras do Tintim e do Asterix, ou com produções nacionais, como a Turma da Mônica. O professor pode utilizar os quadrinhos como ponto de partida para atividades de leitura, interpretação textual, produção de textos e discussões em grupo . É importante explorar tanto o texto quanto as ilustrações, estimulando a análise crítica e a reflexão sobre o conteúdo apresentado. Conclusão O uso de histórias em quadrinhos na sala de aula é uma prática pedagógica que está em consonância com as diretrizes da BNCC. Os quadrinhos são uma ferramenta lúdica e acessível para o ensino de diversas disciplinas, além de estimular o desenvolvimento de habilidades de leitura, escrita e interpretação textual. Ao utilizar as histórias em quadrinhos em sala de aula, o professor pode explorar temas relevantes e atuais, estimulando a reflexão crítica e o pensamento analítico dos alunos. Além disso, o uso dos quadrinhos também permite uma abordagem interdisciplinar, integrando diferentes áreas do conhecimento e proporcionando uma aprendizagem mais significativa. É importante destacar que o uso de histórias em quadrinhos na sala de aula deve ser planejado e orientado pelo professor, de forma a garantir que as atividades estejam adequadas às necessidades dos alunos e aos objetivos de aprendizagem. É preciso selecionar quadrinhos de qualidade, que apresentem uma linguagem acessível e que possam contribuir para a formação crítica e cidadã dos alunos. Portanto, ao incorporar as histórias em quadrinhos em sua prática pedagógica, o professor pode ampliar as possibilidades de ensino e aprendizagem, tornando o processo mais atrativo e significativo para os alunos. E, ao mesmo tempo, contribuir para a formação de leitores críticos e reflexivos, capazes de compreender e interpretar diferentes formas de expressão e comunicação. Você trabalha com quadrinhos em sala de aula ou conhece alguém já utilizou quadrinhos com os alunos? Comente aqui.
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