Jackie Ormes, que na verdade se chamava Zelda Mavim Jakson, nasceu em Pittsburgh, na Pensilvânia, nos EUA, em 1 de agosto de 1911.
A sua incrível história começa em 1937 quando começa publicar uma tira em quadrinhos no jornal Pittisburgh Courier chamada Torchy Brown em Dixie to Harlem.
A história girava em torno da adolescente Torchy Brown que vivia no Mississipi, dançando e cantando no Cotton Club.
Nas tiras, é mostrada com certo humor a jornada de Torchy Brown indo para Nova York, representando a viagem que muitos afro-americanos realizavam indo do Sul para o Norte, buscando por uma vida melhor.
Apesar do sucesso, a tira foi cancelada em 1938, mas o nome Jackie Ormes já estava consagrado como a primeira desenhista de história em quadrinhos afro-americana dos Estados Unidos.
Porém Jackie não parou por ai. Começou a escrever para jornal The Chicago Defender, um dos principais jornais voltado para o público negro e ainda produziu um desenho animado chamado Candy, que contava a história de uma arrumadeira bonita e muito esperta.
Não bastasse isso, voltou para o jornal Courier um outro desenho animado, chamado Patty-Jo ’n’ Ginger, que durou 11 anos.
Em 1950, agora colorida, voltava a publicação da tira com a sua primeira personagem, Torchy. Remodelada, tornou-se também uma referência para o público feminino infantil, transformando-se em um novo produto. Bonecas recortadas de papel.
Sua outra personagem, Patty-Jo também tornou-se boneca, mas por pouco tempo, e hoje é um item raro de colecionador.
Seu sucesso é devido à maneira como retratou suas personagens. Mulheres fortes, bonitas e inteligentes, desafiando normas sociais.
Ormes sempre teve envolvida com causas humanitárias, questões sociais. Suas atitudes, inclusive, a levaram a ser investigada, por um tempo, pelo FBI.
Jackie Ormes parou de desenhar em 1956, mas permaneceu até o fim de sua vida (ela morreu no dia 26 de dezembro de 1985) trabalhando com arte.
Em 2014 Ormes entrou para o Hall da Fama da Associação Nacional de Jornalistas negros e em 2018, entrou para o Hall da Fama do prêmio Eisner.
Se você gosta de histórias emocionantes como essa, conheça
Estella Vic. Uma repórter na Semana de Arte Moderna. Uma emocionante aventura em quadrinhos com a cara da nossa cultura.